Grito maior não há
—vai depois de um zênite
Dá a volta ao mundo em oitenta ecos
em um debrum de portais
Em Aldebarã não agüenta mais
O primeiro olho vê
e o segundo pensa
Vejo meu tanto de sol
e outros ainda dirão que é grito
Armo as minhas armadilhas
e ainda dirão que nunca houve o grito
Acendo o fogo em minhas carnes
e dirão que é podre a lenha do grito
A palavra está em tudo
Um não vê nenhum debrum de portais
Por não vê-lo tropeça no baldrame do grito
Ordenhamos um debrum de tetas
Em cada úbere o mais puro leite
Em cada palavra o mais denso corpo
Todos sentados no baldrame
à espera de quem ame e de quem grite
Em Aldebarã é tensa a espera
Fonte: Jornal de Poesia
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