I
Faze do instante que passa
Toda a tua aspiração;
Que o mundo cheio de graça
Caberá na tua mão!
Sê sóbrio: com um copo de água,
Um fruto, e um pouco de pão,
Nem sombra de leve mágoa
Cortará teu coração...
Ama a rude terra virgem,
Com todo o teu rude amor;
Pois colherás, na vertigem
De cada sonho, uma flor.
Sofre em silêncio, sozinho,
Porque os sofrimentos são
O mais saboroso vinho
Para a sombra e a solidão...
E quando, um dia, o cansaço
Descer ao teu coração,
Une à terra o peito lasso,
E morre beijando o chão.
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