Não era para machucar,
Foi feito para uma feliz lembrança
Por gente ainda muito jovem
Para já saber o que é memória.
Agora é um arma perigosa, uma bomba-relógio,
É uma espécie de bomba corporal, e de longo prazo.
Um filme apenas, uns poucos fotogramas, você pulando,
Aos dez anos, pulando e pulando, só uns segundos.
De um cinza turvo, entre névoa e borrão,
Essa coisa tem um estopim sensível, menos que estopim
Uma freqüência de onda sintonizada, um detonador eletrônico
Ligado ao que jaz em seu túmulo, dentro de nós.
E o que essa explosão irá causar
É mais que uma idéia de horror, é um tênue lampejo
De suor sobre a pele, um retesar de nervos
Por algo que já aconteceu.
(Tradução: Izacyl Guimarães Ferreira)
Fonte: UBE - União Brasileira de Escritores
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