Um vendaval varreu a minha mocidade,
Atravessado às vezes por alguma luz;
Tantos estragos fez a negra tempestade,
Hoje no meu jardim nenhum fruto reluz.
Agora resvalei para o outono da mente,
A enxada e a pá é hora de encontrar
E segurar a terra levada na enchente,
Fechar as covas fundas que a água cavar.
Quem sabe as flores novas que eu ainda sonho
Possam achar no solo lavado e tristonho
O alimento místico que dá vigor...
Quanta dor, quanta dor! O Tempo come a vida
E o inimigo escuro que rói o amor
Com nosso sangue bom engorda sem medida!
(Tradução: Jorge Pontual)
Fonte: New York On Time
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